sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

BEM AMADA°°°


* A PRIMEIRA VISTA *

A garrafa de vinho tinto recém aberta e ja quase no fim sobre a mesinha de centro, parecia dançar rodopiando levimente acompanhada das demais que ja descançavam secas, atiradas ao chão.
Tentei olhar atravez da imensa nuvem de fumaça, mas minha cabeça pesava uma, duas toneladadas, então abaixei-me, tonto, olhava fixamente para o chão notando uma fina camada de cinzas quase passando-se por um tapete negro, imundiçando todo o metro quadrado.
Com esforço, ergui-me e vi uma velha, uma velha ed poucos e finos cabelos brancos, olhos azuis ofuscantes e fundos, rosto magro e degradante, vestindo um pobre vestido florido.
Apesar de ter certeza de nunca ter visto aquela senhora, sua figura era me familiar.
Voltei a abaixar-me, a dor em minha cabeça era intensa, o meu corpo, o ambiente inespressivo... tudo pulsava. Não tive forças para ficar alerta, cai por terra.
Na cama, deitado ainda ouvindo o abrulho ensurdecedor que vinha da sala, minha mulher, Raquel, concerteza ainda divertia-se com nossos amigos.
Adormeci,
logo acordei.
A batida forte eletronicaque vinha do micro-system parecia esmurrar meus timpanos.
em instantes o silêncio...
abri meus pesados olhos e dei um breve bocejo, sentia-me extraordinariamente cansado.
Estava deitado no chão, nenhum movel, havia umidade em todo o ambiente, A porta de madeira cara que eu mesmo tinha colocado a duas semanas, de acordo com minha memorias, não estava la. Nada nem ninguem manifestava a sua aparição, apenas os ruidos dos meus pensamentos assombrados percorrendo por todos os lados.
Com forças sobrenaturais, tentei organizar meus pensamentos, sentia-me fraco, tão fraco.
Fui surpriendido no meio do processo de uma ideia, um calafrio, um formigamento.
virei-me na direção oposta a portae vi a velha que sem mais aparecera ali.
Meu cerebro rapido maquinava buscando uma explicação plausivel, mas nada ali tinha o menor sentido.
Tentei falar, mas minha boca apenas emitiu um ruido baixo e estranho.
Tentei respirar fundo, mas não senti o ar entrar em meus pulmões, para mim o oxigenio tinha perdido toda a sua suma importancia. Assustado, corri em direção a saida, fui barrado. Uma escuridão dura e forte não me deixou escapar.
Diante de toda a estranhesa que me acontecia, deixei o pensamento univoco que me maltratava dominar-me por completo. desmanchando-me diante das evidencias;
-MORTO.
-Mas, quem é a velha estranha que me é familiar ?



Ig. QUEIROZ .

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